Pelo mundo afora se tornou um problema ante a capacidade de produção das empresas, que está aquém da demanda. O instituto de pesquisa do “The Economist Intelligence Unit” mostrou um mapeamento no qual fica claro que, este ano, somente os Estados Unidos, incluindo o Alasca, e a União Europeia vão conseguir imunizar totalmente a sua população. O Brasil está entre aqueles que só conseguirão essa proeza em meados do ano que vem, mesmo assim numa previsão bem otimista.
PARA EVITAR A ESCASSEZ
Especialmente na segunda dose, os 27 países da União Europeia ameaçam impedir a exportação da vacina enquanto sua demanda não for plenamente atendida. Tal possibilidade deve servir de alerta para os demais países, sobretudo aqueles que, como o Brasil, não estabeleceram uma política sólida de importação, ficando em meio a um embate político cujas consequências, agora, começam a surgir.
A PRIMEIRA MINISTRA DA ALEMANHA
Angela Merkel advertiu que não faz sentido essa discriminação quando se trata de um problema global. Se vai ser atendida, é pouco provável, pois até no primeiro mundo prevalece a máxima de farinha pouca, meu pirão primeiro. A lição a ser tirada está nos próprios números.
O BRASIL
Tem um índice de vacinação bem abaixo de sua capacidade logística em decorrência da falta de insumos. Há, é fato, o impasse internacional, mas boa parte do problema poderia ter sido superada se as instâncias de poder tivessem um discurso único. O grave é que não há sinais de apaziguamento nesse impasse, que acaba envolvendo as agências de regulação e os laboratórios.
A INCERTEZA
Que se estabeleceu se acentua, pois a Covid-19, em vez de reduzir seu grau de contaminação, continua em curva ascendente. Minas, que no primeiro momento serviu de exemplo, apresenta números preocupantes e está entre os estados em que a doença continua em ascensão.
NO NORTE DO PAÍS
O sistema simplesmente se esgotou, bastando ver o que ora ocorre no Amazonas e em Rondônia. Em Manaus, por conta dos fura-filas, ainda há o agravante de suspensão judicial da vacinação, comprometendo ainda mais a situação e o atendimento àqueles que não participaram dessa fraude.
CORRUPÇÃO
Nenhum país no mundo é livre da corrupção. No entanto, aqueles que têm mais sucesso em combater esse problema têm algumas características em comum: boas leis anticorrupção, instituições fortes e independentes e uma sociedade civil e imprensa livres e atuantes. Ainda estamos longe de ser um país livre da corrupção, mas sabemos o caminho que devemos trilhar.
ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO 2020
A Transparência Internacional lançou o Índice de Percepção da Corrupção 2020. O IPC é o principal indicador de corrupção no mundo e avalia a percepção da corrupção no setor público de 180 países e territórios, atribuindo uma nota entre zero e cem. Em 2020 a nota brasileira alcançou 38 pontos, deixando o país apenas na 94ª posição, atrás de países como Colômbia, Turquia e China.
TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL
Brasil também lançou seu relatório anual sobre avanços e retrocessos na luta contra a corrupção durante 2020 e mostra que a situação no país é alarmante. O documento destaca casos de interferências políticas e decisões controversas que aconteceram no Executivo, no Legislativo e no Judiciário brasileiro e que levaram a organização a classificar tais movimentos como um “desmanche na luta contra a corrupção”. A luta contra a corrupção também depende que mais pessoas se unam para enfrentar esse problema.
“O futuro é imprevisível, mas tenho a certeza que as escolhas que faço agora irão ditar o meu destino”.

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